De acordo com uma nova análise realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), sete em cada dez Microempreendedores Individuais (MEIs) tinham emprego antes de abrir sua própria empresa.
Segundo o estudo, o resultado demonstra que mais pessoas estão apostando no empreendedorismo no Brasil motivadas por uma necessidade desse perfil de trabalhadores nos últimos três anos.
Em 2022, o número de empresários que se registraram na categoria e estavam trabalhando antes subiu 4%, passando para 67% neste ano, contra 63% em 2019. Desse total, 51% atuavam com carteira assinada e 16% trabalhavam sem registro.
A análise também apontou uma redução na proporção de MEIs que já atuavam como empresários na informalidade, passando de 21% em 2019 para 15% neste ano.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o estudo comprova a importância da categoria na economia do país, já que o formato reduz as burocracias e tributações.
“Uma das explicações para essa queda [da atuação informal antes do MEI] é o fato de que houve um grande número de formalizações desde o início da pandemia. Apenas em 2021, foram criados 3,1 milhões de MEIs e podemos concluir que parte desse grupo atuava na informalidade”, destaca o presidente.
Em comunicado, Melles ainda reforça as vantagens da modalidade, que assegura o acesso a diversos benefícios e vantagens ao empreendedor, como aposentadoria, auxílio-doença e afastamento, salário-maternidade, no caso de gestante e adotantes, além de garantias também para a família, como pensão por morte e auxílio-reclusão.
O MEI existe no país há 12 anos e já conta com 14 milhões de registros, de acordo com o Ministério da Economia, que ainda revelou que em 2022, 646 mil novos profissionais autônomos já fizeram seus registros até o momento.