Os presidentes de empresas brasileiros da indústria de consumo estão otimistas para 2022. São 82% os que veem com boas expectativas o cenário econômico internacional nos próximos 12 meses. A média global para esse indicador, por sua vez, é de 77%.
No Brasil, 5% dos executivos que participaram da pesquisa acreditam que 2022 será de estabilidade econômica internacional e 13% projetam uma desaceleração. Já em relação ao PIB do Brasil, 63% avaliam que a economia do País vai acelerar, outros 26% veem uma desaceleração a caminho, enquanto 11% disseram que haverá estabilidade.
Os dados são da 25ª edição da Pesquisa Anual Global com CEOs da PwC (25th Annual Global CEO Survey), que ouviu mais de 4,4 mil executivos, em 89 países.
Para Carlos Coutinho, sócio da PwC Brasil, esse otimismo diz respeito ao cenário difícil que as empresas de setor viveram nos últimos dois anos de pandemia e aos desafios que elas conseguiram superar. Visto o passado e o quanto houve de resiliência e adaptação de seus negócios, a maioria tende a achar que o futuro será melhor.
No entanto, o levantamento não quantifica o crescimento econômico esperado pelos CEOs. A CEO Survey também revelou que a instabilidade macroeconômica (66%), os riscos cibernéticos (47%) e as mudanças climáticas (39%) estão entre as principais preocupações globais dos CEOs brasileiros do setor, que podem afetar negativamente as empresas no próximo ano.
Sobre os impactos, os líderes do segmento citaram principalmente que a instabilidade econômica pode afetar as vendas (81%) e o desenvolvimento de produtos e serviços (42%), levantar capital (39%), atrair e reter talentos (39%) e a inovação (39%).
Coutinho pontuou ainda que a pesquisa foi rodada antes da variante Ômicron do coronavírus chegar ao Brasil, assim, o otimismo econômico não relata exatamente a visão dos líderes empresariais pós-descoberta da nova cepa.
AQUISIÇÕES
Outro dado do levantamento mostra que as empresas do setor de consumo participam mais de aquisições e novos projetos do que a média brasileira. Do total, 11% dos CEOs desse segmento disseram que sua empresa se envolve com aquisições mais de quatro vezes por ano, contra uma média de 6% dos CEOs do País em geral.